quarta-feira, 27 de julho de 2011

É Duque na mesma linha



            Por Lais Amaral

Cris Rodrigues, do Blog ‘Somos Andando’ escreveu o artigo abaixo colocando o dedo na ferida: a farsa do jornal Zero Hora travestida de editorial indignado contra as bandalheiras de Mr. Murdoch, publicado na Segunda, dia 25.
Não existe diferença entre Rubert Murdoch e os Sirotski, associados dos Marinho. Leiam o artigo e o link para conhecer mais ainda sobre a prática que torna os tablóides News of the World e Zero Hora, irmãos gêmeos.   

      Com telhado de vidro,
      não se deve jogar pedra


Fazia tempo que não me divertia tanto com alguma coisa encontrada num jornal. Juro, estou rindo litros em casa. Eu já nem chamaria de hipocrisia, uma palavra quase simpática, o que li no editorial da Zero Hora de hoje, intitulado “O limite da notícia”; na verdade, é uma demonstração de absoluta e enorme cara-de-pau.

É esse jornal que, com total desfaçatez, critica hoje não apenas a postura do cidadão que operou as escutas ilegais do News of the World (NoW) de Rupert Murdoch na Inglaterra, mas “a empresa de comunicação que explorava e estimulava a conduta antiética, caracterizada pelo desrespeito e pelo desrespeito à privacidade das pessoas”.

É quase um pecado usar a famosa parábola sobre a ética do jornalista de Cláudio Abramo para sustentar esta posição.

A empresa jornalística ora em questão, a gaúcha RBS, é aquela que em 2010 tinha cerca de dez profissionais (não se sabe quais e nem se teve notícia de demissões na empresa por causa disso) vinculados a ela com acesso a um sistema sigiloso e ilegal do governo do estado de obtenção de informações sobre determinadas pessoas sem mandato judicial ou investigação oficial em curso.

Marco Weissheimer era um dos jornalistas investigados, por exemplo. Curiosamente, ele fazia oposição ao governo Yeda, aquele que forneceu as senhas aos jornalistas.

O filho pequeno da então deputada estadual e hoje secretária de Administração do governo Tarso teve suas fotos vistas por toda essa galera. Mas gente de dentro do governo e da grande imprensa também estava na lista, já que era possível descobrir se corria algum tipo de investigação sobre elas.

Está dando pra pegar a ironia da coisa? O jornal Zero Hora quase se diz ofendido com a atitude de seus pares europeus no que tange a privacidade, justamente o quesito desrespeitado em outubro do ano passado.

Aí ela diz que foi “a imprensa sadia” que denunciou o NoW. Eu diria que foi a concorrente que denunciou, dentro dos mais nobres princípios da competição de mercado.

Ou, no caso de jornais do mesmo grupo – News Corp. –, da necessidade de salvar sua pele diante do barco afundado.

Não digo que todo jornalismo é mau. Muito pelo contrário, há muita gente boa por aí peleando. Mas tampouco há santos.

Mas o pior de tudo, não só no jornalismo, é a contradição consciente. A postura de dizer uma coisa e fazer outra sabendo que não age daquela maneira.

Não adianta, a palavra para isso é mesmo hipocrisia. Mas sempre tem aqueles casos mais feios dela. Esse é dos piores.
P.S.: Quando Zero Hora diz que “os cidadãos já controlam a mídia pelo direito de escolha”, finge ignorar que o cidadão tem o direito de escolher entre as restritas opções – especialmente restritas no caso do Rio Grande do Sul – que lhe são apresentadas, e tem poucas oportunidades de questionar sua qualidade ou mesmo propor alternativas, devido a limitações financeiras. “Controle social da mídia” é exatamente a cobrança pela sociedade da observância de “um comportamento ético, responsável e construtivo” por parte dos veículos de comunicação e de regulamentação. Justamente aquilo que o jornal termina dizendo ser importante. Ah, a contradição…

terça-feira, 26 de julho de 2011

Terrorista cristão e ultranacionalista critica Brasil




            Por Lais Amaral

O terrorista norueguês que matou 76 pessoas em atentado no fim de semana, era cristão fundamentalista e ultranacionalista.

Uma espécie de Jair Bolsonaro nórdico. Não era um mal vestido islâmico, nem muçulmano, não era afegão e nem da Al Qaeda.
        
         A intolerância xenofóbica que lembra a reação dos eleitores de José Serra depois da derrota para Dilma, investindo contra nordestinos e negros, nos mostra como a preocupação com a Direita Assanhada, principalmente por parte de jovens, é preocupante.  
        
         José Serra, Jair Bolsonaro (Boçalnaro) e outros menos votados, são referências perigosas. Eles estimulam os instintos mais abjetos que dormitam na escuridão do ser humano normal.   
        
         Na matéria abaixo, o tal Anders Behring Breivik, em seu manifesto, citou o Brasil como mau exemplo para países europeus “limpinhos”.  


Terrorista Norueguês faz referências ao Brasil 

Do UOL Notícias
Em São Paulo


O manifesto de 1.500 páginas publicado na internet pelo atirador norueguês, Anders Behring Breivik, traz pelo menos 12 referências ao Brasil.

Breivik, que admitiu ser o autor de dois massacres que deixaram 76 pessoas mortas no país, foi formalmente acusado por terrorismo.

O texto, escrito em inglês e intitulado "A European Delaration of Independence - 2083" (Uma declaração de Independência Européia - 2083), cita o Brasil ao falar dos motivos que levam os conservadores a se oporem à miscigenação e adoção por não europeus.

"A razão da nossa preocupação e oposição deve-se ao fato de que a imigração massiva, a mistura racial e a adoção por não europeus são uma ameaça à unidade da nossa tribo (...).

Primeiramente, um país que tem culturas competitivas vai se dilacerar ou vai acabar como um país disfuncional, como o Brasil e outros países", escreve Breivik.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O CQC não é essa coca-cola toda

rodtoons.blogspot.com
           
            Por Lais Amaral
          
         E o CQC afinou. Editou a entrevista do Kajuru que foi ao ar na semana passada, e cortou críticas a Ricardo Teixeira, a Luciana Gimenez e ao governador de Goiás, Marconi Pirilo.

Leia no UOL Esporte no link abaixo a derrapada do Marcelo Tass e seu programa. Como é que ficam as críticas sobre ameaça à liberdade de expressão e coisa e tal ?

Na mesma matéria leiam box que trata da dinheirama, R$ 30 milhões, que a empresa da Globo com a sócia gaucha RBS vão embolsar do Governo do Estado do Rio de Janeiro, para fazer a festa do sorteio para a Copa, neste dia 30.  


Amy Winehouse não era uma Lady Gaga

Tudo indica que a artista era autêntica  


             Por Lais Amaral
  
Toda geração tem a sua Janis Joplin. E a cantora inglesa se foi, mergulhada no abismo da própria incompreensão do mundo em que pouco viveu.

Ela não fazia tipo e nem era uma personagem. No máximo uma auto-caricatura assinada por ela mesma.

O artigo abaixo pinçado do blog de Nirlando Beirão mostra um rápido perfil de Amy Winehouse, muito do que seus fãs pelo mundo já estão cansados de conhecer.

Mas sugere, que abaixo da ponta do iceberg, deveria existir um porão repleto de fantasmas.

Ninguém pede para ser infeliz.   
 


Nirlando Beirão
Amy Winehouse parecia ter, dentro daquele corpinho frágil, quebradiço, uma negona americana, dessas que soltam o berreiro no gospel ou se esgoelam no melhor rhythm & blues.
Experimente ouvir de olhos fechados Mr. & Mrs. Jones, que está no álbum de maior sucesso dela, Back to Black (de 2006). E também Rehab. E tantas outras.
Ninguém haveria de dizer que a voz vem de uma criatura tão esquálida, tão dramaticamente indefesa, tão desesperadamente carente – uma inglesinha criada num bairro periférico de Londres, de família de classe média baixa e limitadas perspectivas de vida.
Southgate, o bairro em que ela nasceu e que a explica bastante, a ela e à música dela, fica no norte de Londres, apesar deste South, Sul, aí do nome.
Tem um setor agradável, arborizado, de casas afluentes, e um centro movimentado, de mistura étnica e atmosfera proletária.
O bairro tem sua peculiaridade no número de sinagogas (Winehouse era de origem judaica), de maçons, de indianos ricos e de pubs, e olha que estamos falando de Londres, a capital mundial dos pubs.
Andei pesquisando as fotos dela. Não há uma única em que ela apareça sorrindo de forma plena, espontânea.
“A menina triste” (como a imprensa inglesa a chamou, nos necrológios prontos com enorme e previsível antecedência) não conseguiu suportar a luminosa explosão de seu próprio talento e o preciosismo radicalmente atormentado que, se serviu de alimento para sua feroz criatividade, também acabou por levá-la à autodestruição.
O bicho da depressão a comeu por dentro. E a exigência que ela – de aparência tão desleixada – tinha consigo mesma.
Amy Winehouse deixa obra pequena se comparada a outras estrelas pop que partiram cedo como ela, Jim Morrison, Kurt Cobain, Janis Joplin. Mas, na qualidade, faz parte do primeiro time.
Vermeer não chegou a pintar 40 quadros em toda a sua vida e os holandeses o colocam no mesmo nível de Rembrandt e de Van Gogh. James Dean fez três filmes, e está no panteão de Hollywood. Elizabeth Bishop desponta entre os três maiores poetas americanos do século 20 tendo escrito apenas 50 poemas.
Amy Winehouse nunca chegou a divulgar o tão prometido terceiro álbum.
A arte não se mede por centimetragem.

A Primavera dos Amordaçados

            Por Lais Amaral

O blogueiro Eduardo Guimarães, chega, depois de duas semanas zanzando a trabalho por países andinos e se assusta com a realidade política que vê no pais.

O link abaixo acessa o artigo “A Primavera dos Amordaçados”, publicado no Blog da Cidadania. Vale a pena ser lido.

É um pequeno manifesto pela recuperação da militância política. E um alerta à presidente Dilma, para os momentos de insegurança que passa o poder político maior.

Eduardo também anuncia para setembro o sacrifício de alguém pela retomada do avanço social iniciado com Lula, no país.

O Vale Tudo da Velha Mídia, lá e cá



Rupert Murdoch, nada muito diferente do que acontece por aqui 




Por Lais Amaral

Muito tem se falado em Rupert Murdoch o big boss da Velha Mídia Mundial. No texto do Cido Araujo, você fica conhecendo melhor essa figura que teve um de seus tablóides fechado na Inglaterra, por grampear telefones de celebridades políticas e do mundo artístico.

A ética certamente não é Rupert Murdoch o prato predileto de Mr. Murdoch. Leiam e percebam o DNA da Velha Mídia. As semelhanças são mais que coincidências. Lá e cá não tem muita diferença.    

O que pode ser constato em matéria do Blog RS Urgente, que mostra que no Rio Grande do Sul, a Rede RBS, sócia da Globo, usava (ou usa) de prática muito parecida de arapongágem.

A Velha Mídia não escrúpulos para alcançar seus objetivos. Confira no US Urgente no link abaixo: 


         Cido Araújo

Rupert Murdoch afirmar que não sabia nada do que se passava no seu tablóide-líder, News of the World, é como o dr. Roberto Marinho jurar – quando vivo, claro – que desconhecia o conteúdo do Jornal Nacional e as preferências eletivas, tanto quanto os desafetos declarados, do seu cotidiano, O Globo.

A culpa é do staff, foi o que Murdoch e o filho dele, James, disseram  no Parlamento britânico, à comissão que investiga a sinistra história de grampos, propinas e cumplicidade com a até aqui imaculada Scotland Yard – e que levou dias atrás ao fechamento do recordista semanário de escândalo (2,7 milhões de exemplares, aos domingos).

Pode ser até que a turma tenha exagerado, sob a sinistra Rebekah Brooks e o influente Andy Coulson, mas, se o fizeram, foi para cumprir os desígnios do  jornalismo de lixeira, de mentiras e de façanhas dúbias que constitui o dogma do padrão Murdoch de informação.

Do sisudo Wall Street Journal, que sisudamente manipula informação em prol da exuberância irracional dos mercados, ao New York Post, que desafio qualquer a ler até o final sem no mínimo uma ânsia de vômito, Murdoch chegou da Austrália na década de 60 para conquistar o mundo, disposto a qualquer negócio.

Murdoch criou doutrina e pôs seus pitbulls a serviço dela. Sem limite ético, disposto a barganhar apoio midiático em troca de privilégios empresariais – como aconteceu na Inglaterra, primeiro com o trabalhista Tony Blair, agora com o conservador David Cameron, eleito com o estridente apoio do falecido semanário e do seu congênere diário, The Sun.

Murdoch não tem compromisso com princípios. Sabia que a tal história das armas de destruição de massa no Iraque era mera balela para justificar a invasão e a mortandade, mas botou o maior império global de comunicações na trincheira dos farsantes.

A Fox News é o exemplo acabado de uma emissora preconceituosa, que fala com os baixos instintos das pessoas – e os americanos são mestres em agir em função dos mais baixos instintos.

Vocês dirão que um sujeito que construiu tal conglomerado tem seu valor. Tem, sim. Murdoch intuiu que, nessa nossa sociedade do espetáculo, de ânimos efêmeros e conteúdo raso, o que a audiência procura não é razão, é emoção – e, aqui entre nós, excitação voyeurística e intriga maliciosa é o que o jornalismo de Mister Murdoch tem de melhor a oferecer.

O problema de Murdoch e assemelhados é que o case News of The World atravessou o Atlântico e está também fazendo os americanos pensarem sobre os métodos dos brucutus da mídia. Não seria mal se a discussão chegasse até nós. 

As vocações monopolistas, aqueles que têm horror à competição podem começar a tremer nas bases.

          

domingo, 24 de julho de 2011

O Brasileiro Voador, a frustração de Tizuka Yamasak e minha também






           Por Lais Amaral

        Assisti parte da entrevista de Gilberto Scarpa com a cineasta Tizuka Yamasak, neste domingo no programa ‘Genial’, do Canal Brasil.  

        Entre muitos assuntos ela falou de sua maior frustração que foi não filmar “O Brasileiro Voador”, filme sobre a vida de Santos Dumont.

         Posso dizer que compartilho dessa frustração com a cineasta.

         Li, com certo entusiasmo o romance de Márcio Souza lançado na segunda metade da década de 80, e que, em forma de roteiro, serviria de base para a futura produção franco-brasileira sobre o genial brasileiro.

         O filme seria sobre o inventor Santos Dumont, e não precisamente sobre sua vida. Mostraria suas peripécias nos céus de Paris.

         E pelo livro de Márcio Souza, já dava para sonhar com uma super produção nacional. Fiquei ansioso à espera.

         Numa festa de lançamento de um festival de cinema no Rio, no Palácio da Cidade, já nos anos 90, encontrei a cineasta Tizuka Yamasak e perguntei sobre o filme.

         E ela respondeu protocolarmente, como se responde a um estranho, que a produção dificilmente sairia. Arrisquei uma segunda pergunta, acredito que até mais envolta em emoção já que a decepção era real para mim.  

         E ela com meia dúzia de vocábulos me fez entender que não conseguiram recursos.  

          Agora, passado pelo menos uns quinze anos, a vejo confirmar no programa do Canal Brasil que seria uma produção maravilhosa, e evidentemente, cara.

          Com todos aqueles dirigíveis, o 14 Bis, as locações em Paris, a reconstituição de época, os figurinos...uma pena.

          E mais, que da produção, que seria franco-brasileira os recursos por parte da França já tinham sido obtidos. Faltou a parte daqui.

          Tizuka até pensara num ator para o papel principal, que poderia ser Tom Hulce, que viveu Mozart no premiado Amadeus, de 1984. Seria necessário também um ator de peso internacional para facilitar a captação de recursos.

          Seria sem sombra de dúvida um filme apaixonante. A vida do pequeno mineiro que um dia, indagado pela mãe sobre o que pretendia fazer na Europa, respondeu na lata: voar.

          O pai desse genial personagem brasileiro era um engenheiro que ficou milionário com a produção de café em Ribeirão Preto.

          Ele teria dito ao filho que estando na Europa deveria pensar em estudar mecânica e eletricidade, que seriam as vertentes do próximo século.

          Certamente se o pai de Santos Dumont fosse vivo hoje, como homem de visão que era, financiaria uma filme espetacular como esse. Um filme contando a saga, simplesmente, do inventor do avião.

          Um dos personagens mais extraordinários do mundo moderno.  
Seria bom para a Embraer. Bom para o país e bom para estimular a imaginação de muita gente.  

          Sempre lemos e ouvimos histórias de playbois, filhos de milionários, que tem como único esporte torrar a fortuna dos pais em futilidades.

          Um desses milionários, bem que, cansado de ganhar tanto dinheiro e não saber onde enfiar, poderia financiar uma produção como a de “O Brasileiro Voador”.  Entraria pra História.

          Mas como isso é praticamente impossível de acontecer, Diógenes com sua lanterna não encontraria alguém assim, sugiro a leitura do livro ‘O Brasileiro Voador’, de Márcio Souza que pode ser encontrado em qualquer site de compras, bem baratinho.  

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Resende Surpreende, um clip empolgante



Resende mudou nos úlrimos dois anos




Por Lais Amaral

          Ricardo Paiva e Ricardo Moraes sãos os publicitários responsáveis pelo fortíssimo clip institucional da Prefeitura de Resende, o “Resende Surpreende”. O filme já não está no ar, mas agradou tanto que ficou um gostinho de quero mais.

          Os ‘Ricardos’ formam um dupla afinada que se destacou no cenário sul-fluminense, produzindo campanhas eleitorais vitoriosas, principalmente em Resende.

          Eles conseguiram nessa peça, refletir a personalidade e o ‘jeitão’ da administração desenvolvida em Resende pelo Prefeito José Rechuan.

          Um ritmo frenético de obras e realizações que, com certeza, surpreendeu grande parte da população.

          Confiram no link abaixo, o institucional, ‘Resende Surpreende” e seja surpreendido também.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

O império da Globo não existiria em países mais avançados

           





           Por Lais Amaral


Um dos assuntos mais efervescentes que circula na esfera jornalística, incluindo a Blogosfera, diz respeito à criação de regras que impeçam o monopólio da informação no país.

É assunto que avança nos países do Continente, com mudanças significativas na Venezuela, Argentina entre outros. A Bolívia já começa a discutir o controle dos meios de comunicação.  

Quando se fala em regular as ações dos meios de comunicação a Velha Midia grita e diz que o Governo quer censurar a Imprensa. Como insinuou o mentiroso Merval Pereira em artigo que foi desmoralizado pelo Eduardo Guimarães e pode ser lido aqui neste blog.   

O Conselho Nacional de Comunicação é uma determinação constitucional, está na Constituição de 1988 à espera de sua implantação. O Merval diz que é invenção do Lula. Ridículo.

No artigo a seguir, escrito pelo Miro Borges, vamos entender mais um pouco sobre Propriedade Cruzada, que vem a gerar o monopólio de comunicação. E, como ela é evitada em países mais avançados como França, USA e Reino Unido.

Na certa, Merval Pereira acredita que nesses países não existe liberdade de imprensa e os governos exercem censura sobre os meios de comunicação.     

 É vital para a democracia barrar a Propriedade Cruzada 

Na última semana, o jornal O Estado de S.Paulo publicou uma matéria na qual dizia que o governo havia desistido de estabelecer limites à propriedade cruzada.

Para quem não sabe, propriedade cruzada é quando o mesmo grupo controla diferentes mídias, como TV, rádios e jornais. Na maior parte das democracias consolidadas, há limites a essa prática por se considerar que ela afeta a diversidade informativa.

No Brasil, não existem limites, e justamente por isso esse é um dos temas em pauta no debate sobre uma nova lei para os serviços de comunicação audiovisual.

        Aparentemente não foi bem isso que o ministro Paulo Bernardo afirmou, o que significa que o jornal resolveu dizer o não dito por conta própria.

Curioso é que o mesmo jornal afirma regularmente ser a favor de medidas anti-concentração da mídia. Seria então um alerta às forças democráticas?

Durante o último processo eleitoral, o Estadão declarou em editorial estar “de pleno acordo” com a necessidade de se discutir os limites à propriedade cruzada.

         E ainda: “não é de hoje que o Estado critica a concentração da propriedade na mídia e as facilidades para que um punhado de grupos econômicos controle, numa mesma praça, emissoras e publicações”.

         Em 2003, o jornal fez mais de um editorial criticando a “cartelização da mídia” nos EUA, que iria surgir como resultado de medidas propostas pela FCC (Federal Communications Commission), órgão regulador das comunicações por lá.

Aquele processo (e a revisão seguinte, de 2007) resultou num certo afrouxamento das regras norte-americanas, embora as mudanças mais liberalizantes propostas pela FCC tenham sido barradas pelo Poder Judiciário e pelo Congresso – com votos contrários inclusive dos republicanos –, após uma grande mobilização popular.

Mas, afinal, por que esses limites são tão importantes a ponto de milhões de pessoas, em um país então governado por George W. Bush, terem se mobilizado para defendê-los?



Por quê

          Historicamente, são duas as razões para se limitar a concentração de propriedade nas comunicações. A primeira é econômica, e pode ser entendida como tendo a mesma base das leis antitruste.

A concentração em qualquer setor é considerada prejudicial ao consumidor porque gera um controle dos preços e da qualidade da oferta por poucos agentes econômicos, além de desestimular a inovação.

Em alguns mercados entendidos como monopólios naturais (como a de transmissão de energia, de água ou telecomunicações), a concentração é tolerada, mas para combater seus efeitos são adotadas diversas medidas que evitam o exercício do 'poder de mercado significativo' que tem aquela empresa.

        O segundo motivo tem mais a ver com questões sociais, políticas e culturais. Os meios de comunicação são os principais espaços de circulação de idéias, valores e pontos de vista, e portanto são as principais fontes dos cidadãos no processo diário de troca de informação e cultura.

Se este espaço não reflete a diversidade e a pluralidade de determinada sociedade, uma parte das visões ou valores não circula o que é uma ameaça à democracia.

Assim, é preciso garantir pluralidade e diversidade nas comunicações para garantir a efetividade da democracia.

        Uma das maneiras mais efetivas de se conseguir pluralidade e diversidade de conteúdos é garantindo que os meios de comunicação estejam em mãos de diferentes grupos, com diferentes interesses, que representem as visões de diferentes segmentos da sociedade.

         Ainda que a pluralidade na posse dos meios de comunicação não reflita necessariamente a pluralidade do conteúdo veiculado, na maior parte dos exemplos estudados essa correlação é positiva, especialmente no tocante à diversidade de idéias e pontos de vista (no caso da diversidade de tipos de programa, não necessariamente).
Como


          Limites à propriedade cruzada tem a ver fundamentalmente com essa segunda justificativa. Países como Estados Unidos, França e Reino Unido adotam esses limites por entenderem que a concentração de vozes afeta suas democracias.

É importante notar que nesses países esses limites são antigos, mas têm sido revistos e, via de regra, mantidos – ainda que relaxados, em alguns casos.

Mesmo com todos os processos liberalizantes, revisões regulares de seus marcos regulatórios e convergência tecnológica, esses países seguem mantendo enxergando a propriedade cruzada como um problema.

         O que aconteceu nas últimas décadas foi uma complexificação dos critérios de análise adotados, incluindo alcance e audiência como critérios definidores.

         Os Estados Unidos, por exemplo, tinham uma regra clássica de limite à concentração cruzada em âmbito local: nenhuma emissora poderia ser dona de um jornal que circulasse na cidade em que ela atua.

         Essa regra foi levemente flexibilizada em 2007, quando se passou a levar em conta o índice de audiência das emissoras e o número de meios de comunicação independentes presentes naquela localidade.

         Mas essa flexibilização só vale para as vinte maiores áreas de mercado dos EUA (são 210 no total) e só acontece se o canal de TV não está entre os quatro mais vistos e se restam pelo menos oito meios independentes.

         Dá para ver, portanto, que a flexibilização é a exceção, não a regra.

         Na França, há regras para propriedade cruzada em âmbito nacional e em âmbito local.

         Em cada localidade, nenhuma pessoa pode deter ao mesmo tempo licenças para TV, rádio e jornal de circulação geral distribuídos na área de alcance da TV ou da rádio.

No Reino Unido, nenhuma pessoa pode adquirir uma licença do Canal 3 (segundo maior canal de TV, primeiro entre os canais privados) se ela detém um ou mais jornais de circulação nacional que tenham juntos mais que 20% do mercado.

         Essa regra vale também para o âmbito local. No caso britânico, há outras regras que utilizam um complexo sistema de pontuação para sopesar o impacto de licenças nacionais e locais de TV e rádio e jornais de circulação local e nacional.


          Como se vê, nem com as mais agressivas tentativas de liberalização conseguiu-se chegar perto da situação brasileira, que simplesmente não prevê limites à propriedade cruzada.

          Exemplos como o da Globo no Rio de Janeiro, que controla a principal TV, as principais rádios e o único jornal da cidade voltado ao público formador de opinião (sem contar TV a cabo, distribuidora de filmes etc.) são completamente impensáveis em democracias avançadas.

          Assim, independentemente da fórmula que irá adotar, se o Brasil quiser aprovar um novo marco regulatório para o setor que seja de fato fortalecedor da diversidade informativa, e portanto de nossa democracia, essa questão não pode estar ausente.

          A despeito do que digam Estados e Globos.

sábado, 16 de julho de 2011

Blogueiro desmoraliza colunista do Globo

             Por Lais Amaral


          O blogueiro Eduardo Guimarães (Blog da Cidadania) sempre atento, analisou e destruiu o artigo mentiroso do colunista Merval Pereira na edição deste sábado em O Globo. 

          Leia e entenda mais um pouco como a Velha Midia usa de mentiras deslavadas para fazer a cabeça do leitor desavisado. 

          Pelo link abaixo voce entra direto na matéria do Eduardo. Se preferir, na coluna da direita deste Boca de Siri, nos 'Blogs Amigos' tem o blog do Eduardo. É fundamental ler:   

http://www.blogcidadania.com.br/2011/07/desmascarando-merval-pereira

No Congresso da UNE, Lula destrói editorial de O Globo com uma frase apenas

Lula, e o minsitro da educação, Fernando Haddad




            Por Lais Amaral


Termina neste domingo em Goiânia o 52º congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) que contou com dois convidados super-especiais: o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e o ministro da educação, Fernando Haddad.

O Globo tentou desqualificar o Congresso da entidade em editorial dessa quarta-feira, intitulado: “UNE faz Congresso chapa branca”. O que no jargão jornalístico significa estar próximo ou associado ao governo.

O próprio Globo praticou, descaradamente, o jornalismo ‘Chapa Branca’ durante a ditadura militar e nos governos Collor, Itamar e FHC. O Globo sabe muito bem o que é ser ‘Chapa Branca’

A UNE combateu a ditadura e sempre demonstrou um posicionamento político libertário. Claro que tem afinidade com os governos Lula e Dilma. Afinal, ajudou a elegê-los.

O jornal dos Marinho cobra neutralidade da entidade que nunca escondeu seu compromisso com a democracia e com a educação pública de qualidade.

E os estudantes sabem muito bem quais governos colocaram a polícia para espancá-los e quais governos apoiaram suas ações. E Lula, como sempre afiadíssimo, desbancou com uma frase todo o editorial do Globo:  

"Você liga a TV e tem propaganda de quem? Quem patrocina o futebol e as novelas? É a Petrobras, a Caixa Econômica Federal. Só que para eles isso é democracia e para vocês é ser chapa-branca”.
Discussão e eleição

Cerca de 10 mil estudantes universitários estarão discutindo até domingo temas da área educacional e de interesse nacional como: o impacto dos agrotóxicos no campo e a defesa da Comissão da Verdade.

 Na área da educação, cobram do Governo a destinação de 10% do PIB para a educação. No domingo os universitários elegem o novo presidente da entidade, que irá substituir o atual, Augusto Chagas.    
           

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Prefeito de Resende, é prestigiado pelo Governo do Estado

           


Governador Sérgio Cabral, deputado Pedro Fernandes e o prefeito
Rechuan em evento unindo Estado e Prefeitura. Foto Diario do Vale 


            Por Lais Amaral

Neste sábado, dia 16, quando começam oficialmente os Jogos Mundiais Militares, a Prefeitura de Resende entrega obras de ampliação e adequação do aeroporto municipal, agora Aeroporto Agulhas Negras.

Lá será realizada parte da competição de pára-quedismo, os saltos (livres). Os saltos de precisão acontecerão na Aman. Delegações de cerca de 40 países estão na cidade e Resende vai para o mundo mais uma vez.    

Pois bem, Noel de Carvalho, deputado derrotado na eleição passada e que sonha voltar à Prefeitura, marcou inauguração do novo diretório do PMDB com pompa e circunstância, para o mesmo horário, anunciando a presença de cardeais do partido.

Entre eles, o vice-governador Luiz Fernando Pezão. O objetivo claro era demonstrar ter ele mais prestígio junto ao Governo do Estado que o prefeito José Rechuan. Uma jogada de pura pirotécnica político-eleitoral.

Mas nessa quinta-feira a trama foi por terra, com o próprio vice-governador jogando água nos morteiros. Ele não vem. A desculpa seria a presença da presidente Dilma Roussef no Rio, neste sábado.     

A verdade é que o prefeito José Rechuan mantém desde o primeiro dia de seu mandato, uma relação estreita com o Governo do Estado, uma parceria que rendeu alguns bons frutos para o município.

Nem Pezão, nem Cabral iriam entrar nessa briguinha paroquial e ficar mal diante dos olhos da população que sempre soube que Rechuan e Governo do Estado, são praticamente parceiros.     

          Na medição de forças, deu José Rechuan.