segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Vale Tudo da Velha Mídia, lá e cá



Rupert Murdoch, nada muito diferente do que acontece por aqui 




Por Lais Amaral

Muito tem se falado em Rupert Murdoch o big boss da Velha Mídia Mundial. No texto do Cido Araujo, você fica conhecendo melhor essa figura que teve um de seus tablóides fechado na Inglaterra, por grampear telefones de celebridades políticas e do mundo artístico.

A ética certamente não é Rupert Murdoch o prato predileto de Mr. Murdoch. Leiam e percebam o DNA da Velha Mídia. As semelhanças são mais que coincidências. Lá e cá não tem muita diferença.    

O que pode ser constato em matéria do Blog RS Urgente, que mostra que no Rio Grande do Sul, a Rede RBS, sócia da Globo, usava (ou usa) de prática muito parecida de arapongágem.

A Velha Mídia não escrúpulos para alcançar seus objetivos. Confira no US Urgente no link abaixo: 


         Cido Araújo

Rupert Murdoch afirmar que não sabia nada do que se passava no seu tablóide-líder, News of the World, é como o dr. Roberto Marinho jurar – quando vivo, claro – que desconhecia o conteúdo do Jornal Nacional e as preferências eletivas, tanto quanto os desafetos declarados, do seu cotidiano, O Globo.

A culpa é do staff, foi o que Murdoch e o filho dele, James, disseram  no Parlamento britânico, à comissão que investiga a sinistra história de grampos, propinas e cumplicidade com a até aqui imaculada Scotland Yard – e que levou dias atrás ao fechamento do recordista semanário de escândalo (2,7 milhões de exemplares, aos domingos).

Pode ser até que a turma tenha exagerado, sob a sinistra Rebekah Brooks e o influente Andy Coulson, mas, se o fizeram, foi para cumprir os desígnios do  jornalismo de lixeira, de mentiras e de façanhas dúbias que constitui o dogma do padrão Murdoch de informação.

Do sisudo Wall Street Journal, que sisudamente manipula informação em prol da exuberância irracional dos mercados, ao New York Post, que desafio qualquer a ler até o final sem no mínimo uma ânsia de vômito, Murdoch chegou da Austrália na década de 60 para conquistar o mundo, disposto a qualquer negócio.

Murdoch criou doutrina e pôs seus pitbulls a serviço dela. Sem limite ético, disposto a barganhar apoio midiático em troca de privilégios empresariais – como aconteceu na Inglaterra, primeiro com o trabalhista Tony Blair, agora com o conservador David Cameron, eleito com o estridente apoio do falecido semanário e do seu congênere diário, The Sun.

Murdoch não tem compromisso com princípios. Sabia que a tal história das armas de destruição de massa no Iraque era mera balela para justificar a invasão e a mortandade, mas botou o maior império global de comunicações na trincheira dos farsantes.

A Fox News é o exemplo acabado de uma emissora preconceituosa, que fala com os baixos instintos das pessoas – e os americanos são mestres em agir em função dos mais baixos instintos.

Vocês dirão que um sujeito que construiu tal conglomerado tem seu valor. Tem, sim. Murdoch intuiu que, nessa nossa sociedade do espetáculo, de ânimos efêmeros e conteúdo raso, o que a audiência procura não é razão, é emoção – e, aqui entre nós, excitação voyeurística e intriga maliciosa é o que o jornalismo de Mister Murdoch tem de melhor a oferecer.

O problema de Murdoch e assemelhados é que o case News of The World atravessou o Atlântico e está também fazendo os americanos pensarem sobre os métodos dos brucutus da mídia. Não seria mal se a discussão chegasse até nós. 

As vocações monopolistas, aqueles que têm horror à competição podem começar a tremer nas bases.