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| Ilustração: R7.blog |
Por Lais Amaral
Ainda sobre futebol. No dia 2 de junho, houve eleição na Fifa e Mr. Blatter foi reconduzido à Presidência por falta de concorrentes. Uma eleição que aconteceu em meio ao rumoroso escândalo de corrupção envolvendo figurões da entidade suprema do futebol mundial, como gostam de dizer nossos garbosos narradores.
Entre os nomes citados estão dois notórios brasileiros: João Havelange (ex-presidente de Fifa) e seu ex-genro, Ricardo Teixeira (presidente da CBF).
Não é de hoje que Ricardo Teixeira tem seu nome envolvido em práticas nada elogiáveis envolvendo o futebol. Há uma década uma CPI criada no Congresso Nacional para averiguar escândalos na CBF, foi sufocada pela chamada bancada da bola. Agora o deputado Garotinho (PR) tenta desenterrar a comissão.
A Velha Mídia televisiva falou da eleição e dos problemas de corrupção, mas nem citou o nome do capo Ricardo Teixeira. A CBF é uma espécie de sócia da Globo e lá não sai nada contra o sujeito. O jornalismo esportivo da Globo é só babação.
Mas felizmente parte da Mídia impressa mais a ESPN e a Record deram repercussão às matérias da BBC de Londres, em que o jornalista investigativo Andrew Jennings detona Ricardo Teixeira e Havelange.
Ricardo Teixeira, que faz parte do conselho consultivo de marketing e TV da Fifa, entre outras acusações, teria recebido cerca de R$ 16 milhões de propina para a escolha da empresa International Sports and Leisure (ISL) como agência de marketing da entidade. Também teria participado de maracutaias para escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Os caras são tidos na Europa como dois calhordas e aqui são paparicados pela Velha Mídia. Confiram matéria do Paulo Henrique Amorim no programa Domingo Espetacular.
Quem assistiu é bom rever para nunca esquecer que tipo de gente é essa. Quem ainda não viu preste bem atenção. É essa turma que manda na maior paixão dos brasileiros.
