Política Fluminense - Por Lais Amaral
O Governador Sérgio Cabral não compareceu à entrega das obras de ampliação das pistas e alargamento de duas pontes na entrada de Resende, nessa terça-feira, dia 14, para evitar uma pífia manifestação de professores.
Chegou a ser veiculado, erradamente, na imprensa carioca que houve uma manifestação de bombeiros. Na verdade um reduzido grupo organizado pelo Sepe - Sindicado Estadual dos Profissionais da Educação – esteve no local com faixas e cartazes.
Algumas escolas estaduais estão fechadas em conseqüência da paralisação dos professores que pegaram carona na insatisfação causada pelo ‘caso’ dos Bombeiros presos no Rio.
Cabral, que estava em Itatiaia, a 12 quilômetros, inaugurando obras que também contaram com a participação do Governo do Estado, teria evitado o ‘confronto’ alegando haver crianças em meio aos manifestantes, preferindo evitar “maiores problemas”.
Observadores da cena política fluminense consideram o ‘caso’ dos Bombeiros presos - uma categoria muita querida da população -, um autêntico “tiro no pé”. A ‘coisa’ evoluiu ao terreno da galhofa, e já se comenta que, na verdade, “Cabral deu um tiro no Pezão”.
Uma alusão ao vice-governador, Luiz Fernando Pezão, suposto candidato a sucessão de Cabral e que disputaria as preferências da coligação PT-PMDB com o senador Lindberg Farias.
Lindberg está faturando politicamente em cima da crise de Cabral. Inclusive apresentou projeto de anistia aos Bombeiros presos (e libertados) e vem martelando o bordão: “Bombeiro é herói, não é bandido”.