sexta-feira, 6 de abril de 2012

Governador tucano ameça Globo: bicheiros e Roberto Marinho são duque na mesma linha





Com o tempo, uma imprensa cínica, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.   Joseph Pulitzer, jornalista (há mais de um século).

"A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."  Prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard

Perillo diz que sua relação com
bicheiro é a mesma de Roberto Marinho

Durante entrevista à TV Anhanguera, afiliada da Globo,  o governador Marconi Perillo  (PSDB) foi questionado sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira ter sido preso em uma casa que foi sua. Em tom de ameaça à Globo, sem citar os nomes que citamos a seguir, disse que sua situação é a mesma da família Roberto Marinho, dona da TV Globo, pois o bicheiro carioca Anísio Abraão David, quando foi preso, morava em um apartamento comprado dos herdeiros de Roberto Marinho.

Anísio é também patrono da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis e já foi presidente da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba), entidade que faz o contrato dos direitos de transmissão do carnaval carioca com a Rede Globo.

Perillo tem razão, os dois casos são verdadeiros, e os dois são enrolados com contraventores.

Curiosidade: Roberto Marinho tinha este apartamento triplex na praia de Copacabana, famoso pelas festas de Reveillon. Na virada de ano de 1993 para 1994, o então candidato a presidente FHC, saiu do apartamento da  nora (filha do banqueiro e ex-governador Magalhães Pinto), caminhou alguns quarteirões, para visitar o chefão da Rede Globo, num gesto de reverência. Equipes de reportagem já acompanhavam o candidato em campanha, e a visita perdeu o ar de discrição quando a drag-queen Isabelita dos Patins patinava pelo calçadão e topou com o candidato.

Irreverente, posou para fotos ao lado de FHC. No outro dia virou capa de todos os jornais, e rendeu charges simpáticas de Chico Caruso durante dias no jornal "O Globo". O fato foi explorado como um factóide positivo para ajudar a popularizar o nome de FHC, quando ele ainda patinava nas pesquisas.