sábado, 29 de outubro de 2011

A sede de sangue e dinheiro do Tio Sam






Com o tempo, uma imprensa cínica, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.   Joseph Pulitzer, jornalista (há mais de um século).



Por Laís Amaral
        
O primeiro dia de palestras e debates do I Encontro Mundial de Blogueiros em Foz do Iguaçu foi muito legal, principalmente pela participação de blogueiros de países como India, Arábia Saudita, Egito, Espanha, pela participação do representante do Wiki Leaks e do Le Monde Diplomatique.

Mas o ponto alto no dia de ontem foi a participação do jornalista Pepe Escobar, do Site Asia Time. Ele também é colaborador da Al Jazeera.

Em sua palestra tivemos mais informações sobre a farsa que redundou na morte de Muamar Kadafi. O que a Velha Midia Comercial daqui e do mundo nunca vão dizer é que o assassinato do líder líbio tinha a ver com os projetos bélicos e expansionistas dos Estados Unidos tendo a OTAN como braço armado do Império.

Segundo Pepe, que mora na Ásia e já escarafunchou o Oriente Médio, África, com destaque para áreas conflagradas, e é um observador atento da cena política e cultural dessas regiões, a próxima vítima será a Síria.

A OTAN pretende dominar todo o entorno do Mar Mediterrâneo, transformando-o num lago cercado de aliados. É um ponto estratégico para avançar com os objetivos do Império. A Rússia tem uma base militar na região (na Síria) e isso incomoda.

No fim de toda a trama expansionista que conta com pressões sobre Paquistão, Itália, negociatas por parte de Arábia etc, é chegar às bordas da China, e quem sabe, com algum apoio interno, como uma revolta civil ou a “necessidade” de uma intervenção humanitária no Tibete, os Estados Unidos e seus aliados, peitem finalmente a China.

É muita informação que teremos que ir checando aos poucos com o andamento dessa história. Mas já sabemos que na Síria já se pede uma intervenção externa contra os “desmandos” do governo local. O roteiro traçado por Pepe Escobar vai se confirmando.    

         

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Blogueiros do mundo na integração latino-americana

Com o tempo, uma imprensa cínica, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.   Joseph Pulitzer, jornalista (há mais de um século).



Por Laís Amaral
        
        
A abertura do I Encontro Mundial de Blogueiros na Usina Hidrélitrica de Itaípu, ontem em Foz do Iguaçu, teve, além da confirmação do crescimento do movimento, com representantes de vários estados e países, a simbologia da integração latino-americana, no caso, fomentada pelas redes sociais.    
Itaipu nos últimos oito anos deixou de ser apenas a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia (se isso fosse pouco) para se transformar num pólo gerador de políticas de integração no Continente. Aqui foi lançada por Lula a pedra fundamenta da Unila – Universidade de Integração Latino Amaricana, que terá quando em pleno funcionamento estudante suniversitário brasileiros e dos países vizinhos. 50% brasileiros e 50% dos irmãos latinos.
Esse antigo sonho de Bolivar, Che, Neruda, Chico Buarque começou a se tornar realidade ano passado e o Encontro de Blogueiros, uma frente revolucionária pela democratização e transformação da comunicação, é também mais um símbolo dessa integração.
Ontem falaram Miro Borges pelo Instituto Barão de Itararé, o assessor de comunicação de Itaipu, Renato Rovai (Revista GForum e Altercon), e outras autoridades. Os debates vão conmeçar agora, às 9h35min. de 28 de outubro.   

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por que se indignar ?



Por Lais Amaral

Nesse artigo do Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, onde inclusive ele inclui um artigo publicado no Estadão, uma reflexão do porquê as passeatas de indignação não florescem no Brasil. 

Com o tempo, uma imprensa cínica, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.   Joseph Pulitzer, jornalista (há mais de um século).

          A explicação para o crescimento da Blogosfera entre o público da grande imprensa que realmente se interessa pelo seu assunto principal, a política, que domina as primeiras páginas dos jornais, as capas de revista e as home pages dos grandes portais de internet, pode ser encontrada em post de colunista de um grande meio de comunicação que acaba de descobrir que o Brasil não é o Egito, os EUA, a Espanha, enfim, um desses países que está em crise e, assim, produz indignados.
         Nos últimos anos, no que realmente interessa em relação à política e até à economia a Blogosfera vem dando um banho na grande imprensa, haja vista que tudo que aconteceu nesses assuntos aconteceu como os blogs progressistas disseram que aconteceria e como a grande imprensa disse que não aconteceria.
         Tomemos só alguns exemplos. Na crise financeira internacional de 2008, a mídia tentou vender que o fim estava próximo, que o país entraria em forte recessão etc., e todos sabem como a coisa terminou – foi uma marolinha.
         A cada nova previsão catastrófica, os blogs martelavam o que a mídia desprezava, os sinais de que a economia estava resistindo. Na política, a imprensa disse que Dilma era um “poste” e que seria tutelada por Lula e, depois, reconheceu que de “poste” ela não tem nada e chegou até a afirmar que a presidente estaria “indo contra” a “herança” de Lula.
         Vai se completando, agora, a mais nova prova de que a Blogosfera tinha razão e de que a grande imprensa estava errada. Um conhecido colunista do Estadão, assim como o jornalista global Caco Barcelos reconheceu que a imprensa faz assassinatos de reputação e militância política, acaba de entender – e escrever que entendeu – que, por aqui, não há razão para “indignados” saírem às ruas para protestar.
          Isso já era dito neste blog logo que o correspondente do diário espanhol El País no Brasil, o jornalista Juan Árias, escreveu artigo perguntando por que os brasileiros não se indignavam com a “corrupção” como em seu país, como nos EUA, na Ásia e mesmo no resto da Europa Central.
          Agora, o jornalista José Roberto Toledo chega, mais do que tardiamente, a uma conclusão a que este blog chegou três meses atrás, antes das tentativas midiáticas de pôr “indignados” nas ruas para fragilizarem o governo Dilma Rousseff e conspurcarem a herança de Lula.
          No texto em questão, Toledo elenca um monte de elementos que tornam “científica” uma conclusão que não precisava de tudo isso para ser formada, pois o que o jornalista conclui é de conhecimento público, ou seja, os países em que há indignados estão fazendo o povo piorar de vida sob governos mal avaliados e os países em que não há os tais indignados estão fazendo a vida do povo melhorar sob governos bem avaliados.
         Leiam, abaixo, o artigo “Indignados e desacreditados”. Em seguida, faço mais alguns comentários.
—–
O Estado de S.Paulo
10 de outubro de 2011
José Roberto de Toledo
Indignados e Desacreditados
          Por que o movimento dos “indignados”, que ganhou notoriedade na Espanha, se espalhou para o Chile e agora ocupa Wall Street (EUA), não comoveu multidões no Brasil? Desde julho, quando o jornal espanhol El País fez essa pergunta, parece haver mais indignação com a falta de resposta do que, propriamente, com a corrupção da política nacional.
          Tentativas de mobilização das massas não foram muito além de um trending topic ou outro nas redes sociais. Quando chegaram às ruas, não saíram dos bairros mais afluentes, tampouco tiveram sustentação ao longo do tempo. Nos termos de seus idealizadores, cansaram logo.
          As explicações aventadas variam da mitológica cordialidade nacional ao efeito lavador de cérebros da propaganda governamental. A despeito de exemplos como os dos “caras-pintadas” e das “diretas já”, os argumentos rapidamente se voltam contra o objeto da mobilização: o brasileiro – que seria, antes de tudo, um apático. Vale a pena, então, comparar o que ele pensa com o que pensam outros povos mais indignados.
          A começar pelas semelhanças e diferenças na opinião pública de Brasil e Chile, onde o Ibope fez pesquisas com metodologias idênticas. O Índice de Confiança nas Instituições varia de 0 a 100. Quanto maior, mais confiante a população naquela instituição. Na média, o índice chileno pende bem mais para o lado da desconfiança do que o brasileiro: 46 a 55.
          Semelhanças positivas – bombeiros: (Chile) 92 a 86 (Brasil); polícia: (Chile) 60 a 55 (Brasil); Forças Armadas: (Chile) 56 a 72 (Brasil); organizações da sociedade civil: (Chile) 60 a 59 (Brasil).
          Semelhanças negativas – partidos políticos: (Chile) 17 a 28 (Brasil); Congresso Nacional: (Chile) 23 a 35 (Brasil); sistema público de saúde: (Chile) 40 a 41 (Brasil); sindicatos: (Chile) 47 a 44 (Brasil).
         Semelhanças neutras – governo municipal: (Chile) 50 a 47 (Brasil); eleições: (Chile) 49 a 52 (Brasil).
         Diferenças: presidente da República: (Chile) 27 a 60 (Brasil); Governo federal: (Chile) 36 a 52 (Brasil); Justiça: (Chile) 30 a 49 (Brasil); igrejas: (Chile) 44 a 72 (Brasil); meios de comunicação: (Chile) 51 a 65 (Brasil); empresas: (Chile) 49 a 59 (Brasil).
         Nos EUA, o Instituto Gallup com metodologia diferente chegou a conclusões semelhantes. Como no Chile e no Brasil, nenhuma instituição é mais desacreditada entre os norte-americanos do que o Congresso. E apenas como no Chile, a Presidência da República está em processo de descrédito – desde a posse de George W. Bush, com leve, mas fugaz recuperação da confiança no começo do governo de Barack Obama.
         Uma hipótese surge das pesquisas: quando a população se desencanta com seu governante e não enxerga representatividade no Congresso nem nos partidos nem nos sindicatos nem na mídia para expressar sua indignação, deságua sua insatisfação em protestos de rua. Não por coincidência, o chileno Sebastián Piñera é o governante mais mal avaliado das Américas, e o espanhol José Luis Zapatero está na lanterna na Europa.
E o que Obama, Piñera e Zapatero têm em comum, que presidentes com melhores índices de avaliação, como Dilma Rousseff (Brasil), Dmitry Medvedev (Rússia) e Cristina Kirchner (Argentina), não têm? Sérios problemas na economia de seus países.
—–
          Há um fato que precisa ser ressaltado, antes de prosseguirmos. Sebástian Piñera, presidente do Chile, é um dos poucos governantes de direita da América do Sul, ainda que se diga de centro-direita.
          Enquanto sua popularidade está ao rés do chão, a dos governos de centro-esquerda – mesmo os que têm presidentes com mais retórica de esquerda real do que ações, como Hugo Cháves – estão com a popularidade nas alturas.
          Além de a mídia jamais ter entendido que não conseguiria fabricar aqui o movimento dos indignados e que isso ocorreria simplesmente porque este povo tem a sensação de que sua vida está melhorando, ainda não entende bem que não dá mais para fabricar uma comoção popular indignada porque, através da Blogosfera, há como espalhar versões conflitantes com a hegemonia midiática que tenta sufocar opiniões divergentes.
          Não importa que a mídia diga que Dilma é um “poste” ou que Lula deixou alguma “herança maldita”. Dilma mostrou que tem personalidade, a própria mídia relatou que ela adotou políticas que uma tutelada não adotaria e, por fim, pesquisas de opinião recentes revelaram que a popularidade de Lula está mais alta do que nunca.
          A fabricação de indignação popular não tem base e é por isso que os movimentos passados e esse que acontecerá nesta semana não foram e não irão adiante a despeito das tentativas da mídia de fermentá-los – tentativas que vão escasseando apesar de ainda existirem, como em post do blogueiro Josias de Souza que está propagandeando novas tentativas da direita de pôr gente na rua.

Blogueiros progressistas de todo o mundo, uni-vos







Com o tempo, uma imprensa cínica, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”.   Joseph Pulitzer, jornalista (há mais de um século).


Por Laís Amaral   

         Quem não quiser perder o I Encontro Mundial de Blogueiros, que ocorrerá em Foz do Iguaçu (PR) nos dias 27, 28 e 29 de outubro, ainda podem ser inscrever nos dias 27 e 28. As inscrições via Internet se encerraram.

Interessados acessar site http://www.baraodeitarare.org.br/

           Foram 650 inscritos, entre blogueiros, estudantes e comunicadores de 16 estados e mais de 10 países.

Rica troca de experiências

          O encontro será uma excelente oportunidade para a troca de experiências sobre o que rola na blogosfera e nas redes sociais e quais suas tendências do futuro. Ativistas destacados das novas mídias nos EUA, Europa, Ásia, África e América Latina farão relatos sobre os impactos da internet na luta de idéias e nas recentes mobilizações sociais - como o "Ocupar Wall Street", as revoltas no mundo árabe e a "revolução dos indignados" na Espanha.

 Programação:
 27 de outubro – quinta-feira, 20 horas:

19 horas – abertura oficial do evento no Centro de Recepção de Visitantes (CRV) de Itaipu
- Coquetel e iluminação da barragem de Itaipu

 28 de outubro – sexta-feira

 9 horas – Debate: “O papel das novas mídias”
 - Ignácio Ramonet – criador do Le Monde Diplomatique e autor do livro “A explosão do jornalismo”;
- Kristinn Hrafnsson – porta-voz do WikiLeaks;
- Dênis de Moraes – autor do livro “Mutações do visível: da comunicação de massa à comunicação em rede”;
- Luis Nassif – jornalista e blogueiro;
* Mesa dirigida por Natalia Vianna (Agência Pública) e Tatiane Pires (blogueira do RS)

14 horas – Painel: “Experiências nos EUA e Europa”
 - Pascual Serrano – blogueiro e fundador do sítio Rebelión (Espanha);
- Amy Goodman – diretora do Democracy Now (EUA) [*]
- Jillian York – blogueira, colunista do Huffington Post, Guardian e da TV Al Jazeera (EUA);
* Mesa dirigida por Renata Mielli (Barão de Itararé) e Altino Machado (blogueiro do Acre);

16 horas – Painel: “Experiências na Ásia e África”.
- Ahmed Bahgat – blogueiro e ativista digital na “revolta do mundo árabe” (Egito);
- Atanu Dey – blogueira da Índia e especialista em Tecnologia da Informação (Índia);
- Pepe Escobar – jornalista e colunista do sítio Ásia Times Online (Japão);
- Mar-Jordan Degadjor – blogueiro e diretor da ONG África para o Futuro (Gana);
* Mesa dirigida por Renato Rovai (Altercom) e Sérgio Telles (blogueiro do Rio de Janeiro);

Dia 29 de outubro – sábado:
9 horas – Painel: “Experiências na América Latina”.

- Iroel Sánchez – blogueiro da página La Pupila Insomne e do sítio CubaDebate (Cuba);
- Osvaldo Leon – editor sítio da Agência Latinoamericana de Informação – Alai (Equador);
- Martin Becerra – professor universitário e blogueiro (Argentina);
- Jesse Freeston – blogueiro e ativista dos direitos humanos (Honduras);
* Luis Navarro (Editor do jornal La Jornada – México)
* Martin Granovsky (Editor Especial do jornal Página 12 – Argentina)
* Mesa dirigida por Sérgio Bertoni (blogueiro do Paraná) e Cido Araújo (blogueiro de São Paulo);

14 horas – Painel: “As experiências no Brasil”

- Leandro Fortes – jornalista da revista CartaCapital, blogueiro e da comissão nacional do BlogProg;
- Esmael Moraes – criador do blog do Esmael.
- Conceição Oliveira – criadora do blog Maria Frô e tuiteira.
- Bob Fernandes – editor do sitio Terra Magazine [*];
* Mesa dirigida por Maria Inês Nassif (Carta Maior) e Daniel Bezerra (blogueiro do Ceará);

16 horas – Debate: A luta pela liberdade de expressão e pela democratização da comunicação.
 – Paulo Bernardo – ministro das Comunicações do Brasil [*];
- Jesse Chacón – ex-ministro das Comunicações da Venezuela;
- Damian Loreti – integrante da comissão que elaborou a Ley de Medios na Argentina;
- Blanca Josales – ministra das Comunicações do Peru;
* Mesa dirigida por Julieta Palmeira (associação de novas mídias da Bahia) e Tica Moreno (blogueiras feministas);

 18 horas – Ato de encerramento.
 - Aprovação da Carta de Foz do Iguaçu (propostas e organização).
[*] Os nomes com asteriscos ainda não estão confirmados.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Guerra ao Terror, uma falsificação





Por Lais Amaral

O artigo abaixo foi reproduzido no Blog do Miro. Originalmente foi bublicado no Site português Resistir. É uma boa reflexão sobre o que há de verdade nessa tal “Guerra ao Terror”. É longo, mas vale a pena.  

         Paul Craig Roberts

Na década passada, Washington matou, mutilou, deslocou e tornou viúvas e órfãos milhões de muçulmanos em seis países, tudo em nome da "guerra ao terror".
         
Os ataques de Washington a outros países constituem agressão nua e impactam primariamente populações civis e infra-estrutura – e, por isso, constituem crimes de guerra segundo a lei. Nazis foram executados precisamente pelo que Washington está hoje a fazer.

          Além disso, as guerras e ataques militarem custaram aos contribuintes americanos em prejuízos e custos a serem incorridos no futuro pelo menos 4 milhões de milhões de dólares – um terço da dívida pública acumulada – o que resultou numa crise do défice dos EUA que ameaça a segurança social, o valor do US dólar e o seu papel de divisa de reserva, enquanto enriquece para além de tudo o já visto na história o complexo militar/segurança e seus apologistas.

          Talvez o mais elevado custo da "guerra ao terror" de Washington tenha sido pago pela Constituição dos Estados Unidos e as suas liberdades civis.
          Qualquer cidadão dos EUA que Washington acuse é privado de todos os direitos legais e constitucionais. Os regimes Bush-Cheney-Obama arruinaram a maior conquista da humanidade – a responsabilidade do governo perante a lei.

          Se olharmos em torno para o terror de que a polícia de estado e uma década de guerra alegadamente nos protegeu, o terror é difícil de descobrir. Excepto para o próprio 11/Set, assumindo que aceitamos a improvável teoria conspirativa do governo, não houve ataques terroristas nos EUA.

         Na verdade, como destacou o RT em 23/Agosto/2011, um programa de investigação da Universidade da Califórnia descobriu que as "tramas de terror" interno publicadas na mídia foram preparadas por agentes do FBI. http://rt.com/usa/news/fbi-terror-report-plot-365-899/

        
          O número de agentes encobertos do FBI agora ascende a 15 mil, dez vezes o número existente durante os protestos contra a guerra do Vietnam quando manifestantes eram acusados de simpatias comunistas.

         Como aparentemente não há conspirações reais de terror para esta enorme força de trabalho descobrir, o FBI justifica seu orçamento, alertas de terror e buscas invasivas de cidadãos americanos criando "tramas de terror" e descobrindo alguns indivíduos dementes para capturar.

Exemplo: a trama da bomba no Metro de Washington DC, a trama do metro na cidade de Nova York, a trama para explodir a Sears Tower em Chicago foram todos estratagemas organizados e geridos por agentes do FBI.

          O RT informa que apenas três destas tramas podem ter sido independentes do FBI, mas como nenhuma das três funcionou elas obviamente não foram obra de uma organização profissional de terror como se pretende que seja a Al Qaeda.

          O carro bomba na Times Square não explodiu e aparentemente não podia ter explodido.

          O mais recente laço armado pelo FBI é um homem de Boston, Rezwan Ferdaus, o qual é acusado de planear atacar o Pentágono e o Capitólio dos EUA com modelos de aviões carregados com explosivos C-4.

          O Promotor dos EUA, Carmen Ortiz, assegurou aos americanos que eles nunca estiveram em perigo porque os agentes encobertos do FBI estavam a controlar a trama. usatoday.com/news/washington/story/2011-09-28/DC-terrorist-plot-drone/50593792/1

          A trama de Ferdaus organizada pelo FBI para explodir o Pentágono e o Capitólio com modelos de aviões provocou acusações de que ele proporcionou "apoio material a uma organização terrorista" e conspirou para destruir edifícios federais – a acusação mais grave, a qual implica 20 anos de aprisionamento por cada edifício alvejado.

          Qual é a organização terrorista a que serve Ferdaus? Certamente não a al Qaeda, a qual alegadamente passou a perna a todos os 16 serviços de inteligência, todos os serviços de inteligência dos EUA, NATO, israelenses, NORAD, o National Security Council, Air Traffic Control, Dick Cheney e a segurança de aeroportos estado-unidenses quatro vezes em uma hora na mesma manhã.

          Uma organização de terror tão altamente capaz não estaria envolvida numa trama tão sem sentido como explodir o Pentágono com um modelo de avião.

          Como um americano que esteve no serviço público durante anos e que sempre defendeu a Constituição, um dever patriótico, devo esperar que a pergunta já tenha disparado nas cabeças dos leitores:
por que esperam que acreditemos que um pequeno avião modelo seja capaz de explodir o Pentágono quando um avião 757 carregado com jet fuel foi incapaz de efetuar a tarefa, fazendo meramente um buraco não suficientemente grande para um avião de carreira.
 
          Quando observo a credulidade dos meus concidadãos para com as absurdas "tramas de terror" que o governo dos EUA fabrica, isso leva-me a perceber que o medo é a mais poderosa arma que tem qualquer governo para avançar uma agenda não declarada.

          Se Ferdaus for levado a julgamento, não há dúvida de que um júri o condenará por uma trama para explodir o Pentágono e o Capitólio com aviões modelo. Mais provavelmente ele será torturado ou coagido a um acordo de cooperação (plea bargain)

          Aparentemente, os americanos, ou a maior parte deles, estão tão dominados pelo medo que não sofrem remorsos pelo fato de o "seu" governo assassinar e deslocar milhões de pessoas inocentes.

          Na mente americana, mil milhões de "cabeças de pano" (towel-heads) foram reduzidas a terroristas que merecem ser exterminados. Os EUA estão no caminho de um holocausto que tornam os terrores dos judeus face ao nacional-socialismo um mero precursor.

          Pense acerca disto: Não será admirável que após uma década (2,5 vezes a extensão da II Guerra Mundial) de matança de muçulmanos, de destruição de famílias e das suas perspectivas em seis países não haja eventos terroristas reais nos EUA?

          Pense por um minuto quão fácil seria o terrorismo nos EUA se houvesse quaisquer terroristas. Será que um terrorista da Al Qaeda, a organização que alegadamente conseguiu o 11/Set – a mais humilhante derrota sofrida por uma potência ocidental, ainda mais "a única superpotência do mundo" – mesmo face a toda a filtragem ainda estaria a tentar sequestrar ou explodir um avião?

          Certamente não quando há tantos alvos fáceis. Se a América estivesse realmente infectada por uma "ameaça terrorista", um terrorista simplesmente entraria nas maciças filas de espera da "segurança" de aeroportos e largaria ali a sua bomba.

          Isso mataria muito mais pessoas do que poderia ser alcançado explodindo um avião e tornaria completamente claro que "segurança de aeroporto" não significa que o mesmo seja seguro.

          Seria uma brincadeira de criança para terroristas explodir subestações elétricas pois ninguém está ali, nada exceto um cadeado na cerca de arame.

          Seria fácil para terroristas explodirem centros comerciais. Seria fácil para terroristas despejarem caixas de pregos em ruas congestionadas e auto-estradas durante horas de ponta, interrompendo o tráfego de artérias importantes durante dias.

          Antes, caro leitor, de me acusar de dar idéias terroristas, pensa realmente que elas já não teriam ocorrido a terroristas capazes de executar o 11/Set?

          Mas nada acontece. Então o FBI prende um rapaz por planear explodir a América com modelos de aviões. É realmente deprimente [verificar] quantos americanos acreditarão nisto.

           Considere também que neoconservadores americanos, os quais orquestraram a "guerra ao terror", não tem seja o que for de proteção e que a proteção do Serviço Secreto de Bush e Cheney é mínima.

          Se a América realmente enfrentasse uma ameaça terrorista, especialmente uma tão profissional como a que executou o 11/Set, todo neoconservador juntamente com Bush e Cheney podiam ser assassinados dentro uma hora numa manha ou numa noite.

          O fato de neoconservadores tais como Paul Wolfowitz, Donald Rumsfeld, Condi Rice, Richard Perle, Douglas Feith, John Bolton, William Kristol, Libby, Addington, et. al., viverem desprotegidos e livres do medo é prova de que a América não enfrenta ameaça terrorista.

          Pense agora acerca da trama do sapato-bomba, da trama do champô engarrafado e da trama da bomba nas cuecas. Peritos, outros que não as prostitutas contratadas pelo governo estadunidense, dizem que tais tramas não têm sentido.

          O "sapato-bomba" e a "bomba nas cuecas" eram fogos de artifício coloridos incapazes de explodir uma lata de comida. A bomba líquida, alegadamente misturada na toilete de um avião, foi considerada pelos peritos como fantasia.

          Qual a finalidade destas tramas falsas? E recorde que todas as informações confirmam que a "bomba nas cuecas" foi trazido para dentro do avião por um oficial, apesar do fato de o "bombista de cuecas" não ter passaporte.

           Nenhuma investigação foi efetuada pelo FBI, CIA ou quem quer que seja quanto à razão porque foi permitido um passageiro sem passaporte num vôo internacional.

           A finalidade destas pretensas tramas é despertar o nível de medo e criar oportunidade para o ex czar da Homeland Security, Michael Chertoff, ganhar uma fortuna a vender porno-scanners à Transportation Security Administration (TSA).

          O resultado destes publicitadas "tramas terroristas" é que todo cidadão americano, mesmo com altas posições no governo e certificados de segurança, não podem embarcar num voo comercial sem tirar os sapatos, o casaco, o cinto, submeter-se a um porno-scanner ou ser sexualmente apalpado.

          Nada podia tornar as coisas mais simples do que uma "segurança de aeroporto" que não pode distinguir um terrorista muçulmano de um entusiástico patriota americano, de um senador, de um general da Marinha ou de um operacional da CIA.

          Se um passageiro precisa por razões de saúde ou outras quantidades de líquidos e cremes para além dos limites impostos à pasta de dente, xampu, alimentos ou medicamentos, ele deve obter previamente autorização da TSA, a qual raramente funciona.

         Um dos mais admiráveis momentos da América é o caso, documentado no UTube, de uma mulher moribunda numa cadeira de rodas, que exige alimentação especial, tendo o seu alimento jogado fora pela gestapo TSA apesar da aprovação escrita da Transportation Safety Administration, com a sua filha presa por protestar e a mulher moribunda abandonada sozinha no aeroporto.

          Isto é a América de hoje. Estes assaltos a cidadãos inocentes são justificados pela extrema-direita estúpida como "protegendo-nos contra o terrorismo", uma "ameaça" que toda evidência mostra que não é existente.

          Nenhum americano hoje está seguro. Sou um antigo associado da equipe do subcomité da House Defense Appropriations. Requeria altas autorizações (clearances) de segurança pois tenho acesso a informação respeitante a todos os programas americanos de armas.

          Como economista chefe do House Budget Committee tenho informação respeitante aos orçamentos militares e de segurança dos EUA. Quando secretário assistente do Tesouro dos EUA, era-me fornecida toda manhã o relatório da CIA ao Presidente bem como infindável informação de segurança.

          Quando deixei o Tesouro, o Presidente Reagan nomeou-me para um comitê super-secreto destinado a investigar a avaliação da CIA da capacidade soviética. Resumindo, eu era consultor do Pentágono. Tinha toda espécie de autorização de segurança.

          Apesar do meu registro das mais altas autorizações de segurança e da confiança do governo dos EUA em mim, incluindo confirmação pelo Senado numa nomeação presidencial, a polícia aérea não pode distinguir-me de um terrorista.

          Se eu brincasse com modelismo de aviões ou comparecesse a manifestações anti-guerra, há pouca dúvida de que também seria preso.

          Após o meu serviço público no último quartel do século XX, experimentei durante a primeira década do século XXI todas as conquistas da América, apesar das suas falhas, serem apagadas.

          No seu lugar foi erigido um monstruoso desejo de hegemonia e de riqueza altamente concentrada. A maior parte dos meus amigos e concidadãos em geral são capazes de reconhecer a transformação da América num estado policial belicista que tem a pior distribuição de rendimento de qualquer país desenvolvido.

          É extraordinário que tantos cidadãos americanos, cidadãos da única superpotência do mundo, realmente acreditem que estão a ser ameaçados por povos muçulmanos que não têm unidade nem marinha, nem força aérea, nem armas nucleares, nem mísseis capazes de cruzar os oceanos.

          Na verdade, grandes percentagens destas "populações ameaçadoras", especialmente entre os jovens, estão enamoradas da liberdade sexual que existe na América.

          Mesmo os iranianos tolos da "Revolução Verde" orquestrada pela CIA esqueceram o derrube por Washington na década de 1950 do seu governo eleito. Apesar de uma década de ações militares abusivas contra povos muçulmanos, muitos muçulmanos ainda olham para a América para a sua salvação.

          Seus "líderes" são simplesmente subornados com grandes somas de dinheiro.

          Com a "ameaça terrorista" e a Al Qaeda esvaziada com o alegado assassínio pelo presidente Obama do seu líder, Osama bin Laden, o qual fora deixado desprotegido e desarmado pela sua "organização terrorista de âmbito mundial", Washington produziu um novo bicho-papão – os Haqqanis.

          Segundo John Glaser e anónimo responsáveis da CIA, o presidente do US Joint Chiefs of Staff, Mike Mullen, "exagerou" o caso contra o grupo insurgente Haqqani quando afirmou, determinando uma invasão estadunidense do Paquistão, que os Hagganis eram um braço operacional do serviço secreto do governo do Paquistão, o ISI.
        
          O almirante Mullen está agora a afastar-se do seu "exagero", um eufemismo para uma mentira. Seu ajudante, capitão John Kirby, disse que as acusações de Mullen foram destinadas a influenciar os paquistaneses a romper a Rede Haqqani".

          Por outras palavras, os paquistaneses deveriam matar mais gente do seu próprio povo para salvar os americanos de perturbações.

          Se não sabe o que é a Rede Haqqani, não fique surpreendido. Você nunca ouviu falar da Al Qaeda antes do 11/Set. O governo dos EUA cria não importa a que seja, de novos bichos-papões e, são necessários incidentes para promover a agenda neoconservadora de hegemonia mundial e de lucros mais altos para a indústria de armamentos.

          Durante dez anos, a população da "superpotência" americana sentou aí, sendo apavorada pelas mentiras do governo. Enquanto americanos assentam no medo de "terroristas" não existentes, milhões de pessoas em seis países tiveram suas vidas destruídas.

          Tanto quanto existe de evidência, a vasta maioria dos americanos não está perturbada pelo assassínio desumano de outras pessoas em países que não são capazes de localizar nos mapas.

Realmente, a Amerika é uma luz para o mundo, um exemplo para todos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Velha Mídia se rasga de raiva do sucesso de Lula

Por Lais Amaral

Leia a seguir o artigo do Eduardo Guimarães, um dos mais prestigiados e conceituados blogueiros (Blog da Cidadania) e veja a repercussão na Velha Mídia do título ganho por Lula,  conforme matéria postada abaixo (“Salve, o Doutor Luis Inácio Lula da Silva).  

A Velha Mídia comercial não engole que Lula, um sem-diploma, tenha conseguido colocar o Brasil no mapa dos países respeitados e influentes, e não um poliglota, pós-graduado, com mestrado, doutorado, etc. E chegam a fazer um papel ridículo como vocês irão constatar.


          Eduardo Guimarães

Não pode passar batido um dos momentos mais patéticos do jornalismo brasileiro.
Acredite quem quiser, mas órgãos de imprensa brasileiros como o jornal O Globo mandaram repórteres à França para reclamar com Richard Descoings, diretor do instituto francês Sciences Po, por escolher o ex-presidente Lula para receber o primeiro título Honoris Causa que a instituição concedeu a um latino-americano.
A informação é do jornal argentino Pagina/12 e do próprio Globo, que, através da repórter Deborah Berlinck, chegou a fazer a Descoings a seguinte pergunta: “Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?”.
No relato da própria repórter de O Globo que fez essa pergunta constrangedora havia a insinuação de que o prêmio estaria sendo concedido a Lula porque o grupo de países chamados  Bric’s (Brasil, Rússia, Índia e China) estuda ajudar a Europa financeiramente, no âmbito da crise econômica em que está mergulhada a região.
A jornalista de O Globo não informa de onde tirou a informação. Apenas a colocou no texto. Não informou se “agrados” parecidos estariam sendo feitos aos outros Bric’s.
Apenas achou e colocou na matéria que se pretende reportagem e não um texto opinativo. Só esqueceu que o Brasil estar em condição de ajudar a Europa exemplifica perfeitamente a obra de Lula.
Segundo o relato do jornalista argentino do Pagina/12, Martín Granovsky, não ficou por aí. Perguntas ainda piores seriam feitas.
Os jornalistas brasileiros perguntaram como o eminente Sciences Po, “por onde passou a nata da elite francesa, como os ex-presidentes Jacques Chirac e François Mitterrand”, pôde oferecer tal honraria a um político que “tolerou a corrupção” e que chamou Muamar Khadafi de “irmão”, e quiseram saber se a concessão do prêmio se inseria na política da instituição francesa de conceder oportunidades a pessoas carentes.
Descoings se limitou a dizer que o presidente Lula mudou seu país e sua imagem no mundo. Que o Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula. E que por ele não ter estudo superior sua trajetória pareceu totalmente “em linha” com a visão do Sciences Po de que o mérito pessoal não deve vir de um diploma universitário.
O diretor do Science Po ainda disse que a tal “tolerância com corrupção” é opinião, que o julgamento de Lula terá que ser feito pela história levando em conta a dimensão de sua obra (eletrificação de favelas e demais políticas sociais).
Já o jornalista argentino perguntou se foi Lula quem armou Khadafi e concluiu para a missão difamadora da “imprensa” tupiniquim: “A elite brasileira está furiosa”.

domingo, 2 de outubro de 2011

Salve, o Doutor Luis Inácio Lula da Silva



Por Laís Amaral
(Regularizei meu problema com a Internet e a partir de agora as postagens serão regularizadas).

O mais recente título de Doutor Honoris Causa foi entregue a Lula em Paris por Jean-Claude Casanova, membro do Instituto da França e presidente da Fundação Nacional das Ciências Políticas.

Ele elogiou o governo Lula citando ascensão de milhões de brasileiros à classe média, a integração Sul-Sul e a diminuição da desigualdade  social.

O ex-presidente citou também a criação de 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias durante o seu governo:

“Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive.”