Por Lais Amaral
A matéria a seguir foi postada em alguns blogs entre eles, o Conversa Afiada, do jornalista e blogueiro, Paulo Henrique amorim.
O Brasil “não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional mais representativo”.
É o que diz
um elogioso editorial publicado na segunda-feira (11/06), no qual o jornal
britânico The Guardian sugere uma maior valorização da diplomacia de Brasília e
destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo dos últimos anos.
De acordo
com a publicação, “já é tempo de o Ocidente incorporar o crescimento do Brasil
de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo” com o país.
Isso porque, “embora seja líder da desigualdade social no mundo”, ele “também
lidera a resolução desse problema” por meio de “famosos programas sociais que
auxiliaram 20 milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno”.
Traçando
uma linha cronológica para o processo de estabilização da economia brasileira,
o artigo parte do governo de Fernando Henrique Cardoso e se estende até a atual
gestão de Dilma Rousseff, que é classificada como uma “reformista pragmática”.
De acordo com o The Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado
doméstico e elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente
Lula, “a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt”, o líder
norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de investimentos
públicos e consequente fomento à atividade econômica.
Em meio
aos preparativos para eventos de relevância global como a Copa do Mundo de 2014
e as Olimpíadas de 2016, ainda restaria para a presidente Dilma Rousseff “a
transferência de sua popularidade e competência administrativa para o
congresso”, de tal forma que o legislativo acompanhe o andar de seu governo.
O
principal desafio da atual presidente, segundo o The Guardian, ainda é
“destravar a produtividade e estabelecer uma economia mais avançada”.
No campo
das relações internacionais, “Brasília não apenas dobrou o número de seus
diplomatas na última década como também redobrou sua ênfase na diplomacia como
a única forma de "multipolaridade benigna”.
Fenômeno esse que reflete “o
luxo de uma região pacífica” e uma “longa tradição e experiência sobre as
naturezas da soberania e da democratização”.